Sérgio Moro e o FBI
Relações perigosas entre o juiz parcial e os órgãos de segurança americanos deveriam ser investigadas.
O portal de direita “O Antagonista/Crusoé” publica, hoje, um longo currículo de Sérgio Moro, como se ele fosse um desconhecido. O saite é desbragado apoiador da candidatura do ex-juiz/ministro à presidência da República. Por que essa estranha publicação, neste momento?
Arrisco: a imagem de Moro foi abalada pela condenação por imparcialidade no STF. E, dado significativo, no extemporâneo currículo são omitidas informações sobre as relações perigosas entre o juiz de província e os órgãos de segurança americanos.
Moro foi recrutado e instruído pelo Departamento de Estado americano e toda a sua atuação esteve em perfeita sintonia com os interesses ianques, como prender e afastar Lula da corrida presidencial (para deixar livre o caminho para o pré-sal) e abalar a imagem e a credibilidade da Petrobrás.
Participou de reunião promovida pelo Dep. Estado no Rio de Janeiro e recebeu agentes do FBI em Curitiba, para assessorar a Lava Jato, à revelia do governo brasileiro.
Quando já era ministro do governo Bolsonaro e estourou a divulgação pelo Intercept dos diálogos comprometedores entre ele e o procurador Dallagnol, atordoado, Moro se escafedeu para os EUA e se reuniu com o diretor do FBI, em 22 de junho de 2019*. Foi uma viagem repentina, dando margem à óbvia especulação: teria ido receber de viva voz instruções sobre o que fazer?
O fato é que essas relações promíscuas precisam ser investigadas. Mas a mídia, porta-voz da direita liberal, que o tem como um dos nomes possíveis para as eleições 2022, se faz de morta.
Na campanha, porém, Sérgio Moro será cobrado por todos os seus pecados.
EM TEMPO: a ilustração é uma montagem, só pra aperrear a direita liberal-entreguista.
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