O rio da memória que passou em minha vida

Com 20 e poucos anos, conheci a personalidade gentil de Paulinho da Viola, no Recife.

BLOGUE DE HOMERO FONSECA
1 min readNov 14, 2022

Era começo dos anos 70. Paulinho da Viola se apresentaria no Nosso Teatro (Teatro Valdemar de Oliveira), Recife.

Eu liso. Mas trabalhava numa rádio e tinha carteirinha de redator. Pouco antes do show, cheguei na entrada lateral do teatro, mostrei a carteirinha e disse ao vigia que queria falar com Paulinho. Funcionou. Fui até o camarim: com sua turma, espalhada por ali, ele estava estirado no chão, numa espécie de relaxamento. Falei: “Paulinho, tô a fim de assistir ao show, mas tô sem dinheiro”. Ele disse que não era problema, então completei: “Eu e minha namorada. Ela mora aqui pertinho”. Ele chamou alguém: “Vai lá na portaria e avisa que esse garoto é meu”.

Agradeci e saí correndo até a Rua das Ninfas, onde Marinês me esperava. Corremos de volta e me reapresentei ao porteiro: “Sou o garoto do Paulinho”. E assistimos a uma apresentação emocionante. Ficou no rio da memória que passou em minha vida.

--

--

BLOGUE DE HOMERO FONSECA
BLOGUE DE HOMERO FONSECA

Written by BLOGUE DE HOMERO FONSECA

Jornalista e escritor. Só sei que nada sei (Sócrates), mas desconfio de muita coisa (Riobaldo Tatarana).

No responses yet