O Grande Ditador — Discurso final

O filme de Charles Chaplin, de 1940 — um libelo contra o nazismo — continua atual no Brasil e no mundo. [Leia trechos relevantes]

BLOGUE DE HOMERO FONSECA
2 min readMay 17, 2023

Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar — se possível — judeus, o gentio… negros… brancos. Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo — não para o seu infortúnio. Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.

No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem — não de um só homem ou grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela… de fazê-la uma aventura maravilhosa.

Democratas do mundo, uní-vos!

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Jornalista e escritor. Só sei que nada sei (Sócrates), mas desconfio de muita coisa (Riobaldo Tatarana).

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