No lixão bolsonarista, provas do golpismo
Além de bagrinhos, falta pegar tubarões políticos, militares, empresariais e religiosos
Por Vinicius Torres Freire, jornalista e mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA). UOL, 3 de fevereiro de 2023.
Reproduzo os trechos fundamentais do esclarecedor artigo:
O bolsonarismo é essa mistura de rachadinha com ditadura, de seita lunática com propaganda experta em tecnologia, de vaquinha para marmitas com o dinheiro grosso ou apoio de gente de “institutos liberais”. O golpe faz parte do cotidiano muita vez aloprado dos lambaris ditatoriais e dos políticos graúdos do bolsonarismo. É micro e macro.
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Relembre-se que essa gente, no entanto, desde 12 de dezembro, dia da diplomação de Lula, foi capaz de um quebra-quebra diante da Polícia Federal, de planejar um atentado terrorista contra o aeroporto de Brasília, de atacar as sedes dos três Poderes, de tentar bloquear a distribuição de combustível, de derrubar torres de transmissão de eletricidade, de elaborar “minutas” de golpe.
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Contaram com a colaboração, no mínimo, do Exército para abrigar, em suas calçadas, as milícias da intentona do 8 de Janeiro e com a propaganda de empresários, líderes religiosos e de parlamentares, vários deles ainda em campanha para atacar o Supremo, como se viu na eleição para o comando do Senado.
Os planos não deram certo. Mas foram um ensaio geral, com incitação de massas revolucionárias lunáticas, organizada e financiada também pelo poder federal, pela então Presidência de Bolsonaro. Sem um arrastão jurídico que pegue de lambaris a tubarões, corre-se o risco de se aceitar que a malta golpista faça parte definitiva da paisagem política brasileira.
A íntegra está aqui: