Letícia Catel, protótipo da bolsonarete
Pequeno perfil da menina rica que virou anjo decaído na campanha do Capitão
Ela veste Prada. Ela é rica, jovem e linda (pra quem gosta do estilo Barbie). É empresária, de família com negócios no ramo da metalurgia, formada em comércio exterior, tem MBA em gestão e pós-graduação em economia. Ela é fascinada por fardas e armas, pratica tiro ao alvo, faz pose de super-heroína ao lado de helicóptero da Polícia Militar de São Paulo.
Em total coerência com sua classe e formação, Letícia Catel é militante de direita e bolsonarista de primeira hora. No Instagram, onde tem 30 mil seguidores, se define como “empresária por profissão e secretária geral do PSL-SP voluntária”. Nessa condição dava entrevistas, brigava com jornalistas, comparecia a eventos ao lado do candidato e do general Mourão e alimentava suas páginas nas redes sociais com comentários agressivos à esquerda. É considerada pela mídia “próxima à família de Bolsonaro” e muito influente em sua campanha. Pelo menos era. Pois esta semana, apesar do notável currículo, foi destituída do cargo de secretária geral do partido e afastada do diretório e da executiva nacional pelo presidente da legenda, deputado Gustavo Bebiano, numa luta interna pelo poder. Ninguém é perfeito.
As confusões internas na campanha de Bolsonaro, envolvendo o vice Mourão, o economista-posto-Ipiranga Paulo Guedes e a bela Letícia dão uma ideia do que poderia ser um eventual governo da extrema direita no Brasil.