Influencers
Fenômeno pós-moderno, nova profissão exige apenas dois neurônios e desinibição absoluta
Chamam influenciadores (influencers, para ficar mais chic) pessoas de ideias toscas e palavra fácil que arrebanham centenas de milhares e até milhões de seguidores nas redes sociais. São considerados pelo marketing canais vivos de publicidade e ganham fortunas proporcionais aos like que recebem.
Seres híbridos na incerteza da transição da era analógica para a digital, onde realidade e mundo virtual se misturam, surgiram na esteira da triunfante ideologia consumista disseminada pelo neoliberalismo. Deles e delas não se exige qualquer tipo de formação, sendo o único pré-requisito para a profissão ser desinibido(a) até o nível da absoluta falta de noção. É o besteirol elevado ao paroxismo.
Desprovidos de conteúdo relevante, os influenciadores existem graças à identificação de milhões de consumidores, a maioria jovens, num contexto de rebaixamento cognitivo geral. Por isso, quanto mais vazios de ideias, mais cheios de grana.
Há exceções.