E o Oscar não vai para…
“Vida Passadas” não levou nada. E assim é o grande vencedor.
O filme escrito e dirigido pela dramaturga coreana-canadense Celine Song, estreante no cinema, havia sido indicado para concorrer nas categorias Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. E ao sair de mãos abanando, torna-se o vencedor do grande prêmio da indústria cinematográfica, versão 2024.
Para entender o raciocínio, aqui vão os parágrafos iniciais da postagem de 9 de fevereiro neste blogue:
Com um rigoroso minimalismo, “Vidas Passadas” é a mais perfeita negação de Hollywood, um filme adulto elíptico e poético.
Um filme que não é de ação. Não é comédia romântica. Não tem herói, nem vilão. Sem essa de “baseado em fatos reais”. Nada de cenas tórridas de sexo. Nem roubo, assassinato, sequestro, estupro, incesto; nem um só soco, quanto mais uma briga; menos ainda tiros; sequer uma explosão de carro. Zero efeito especial. Ninguém tem superpoderes. (…)
É quase um não-filme, pelos protocolos hollywoodianos. Que bênção! Que alívio! Chega de Hollywood e seus roteiros prêt-à-porter. Basta de infantilização da arte.
Entenderam? Foi bingo!
P.S. P.S. Não se pode negar certa importância ao Oscar, tanto que está sendo comentado aqui e alguns filmes indicados/premiados são até bons (difilmente mais que isso). Mas o prêmio é sobretudo a celebração da indústria cinematográfica e um marco das tendências do cinema comercial hegemônico.