De volta à Revolução Industrial

A resistência em acabar a famigerada escala 6x1 revela que a cabeça da elite brasileira ainda é feudal.

BLOGUE DE HOMERO FONSECA
2 min readNov 16, 2024

A zelite brasileira e seus porta-vozes na imprensa sempre defenderam encarniçadamente a máxima exploração do trabalhador. A começar pela escravidão. Quando se falava em abolição, gritavam: “O Brasil vai à falência”.

E foi assim com a a previdência, a carteira assinada, o salário mínimo, a jornada de 8 horas, férias e tudo o que havia sido conquistado no mundo e chegava aqui com atraso. Quem não cansou de ouvir que os direitos trabalhistas impediam o crescimento do país, ocultando-se que todos os países prósperos os adotaram (exceto a pátria de Donald Trump).

Por esse e outros motivos, levaram Vargas ao suicídio, derrubaram Jango, prenderam Lula e deram o golpe da deposição da Dilma. E fizeram a reforma trabalhista de Temer, regredindo aos primórdios da Revolução Industrial, precarizando o trabalho, comprimindo salários, enfraquecendo os sindicatos e implantando a desumana escala 6 x 1. O bombardeio de agora contra o projeto que abole essa excrescência faz parte dessa eterna estratégia das elites mais retrógradas, improdutivas e reacionárias do globo terrestre.

E por falar no Globo, a manchete apocalíptica da edição de 26 de abril de 1962, quando Jango estava para instituir o 13º salário, repete o padrão>

“Considerado desastroso para o país um 13º salário”.

Eles continuam os mesmos.

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Jornalista e escritor. Só sei que nada sei (Sócrates), mas desconfio de muita coisa (Riobaldo Tatarana).

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