Canto do cisne tricolor
O conjunto da obra do Santinha nesta temporada foi o pior possível. Mas na partida de ontem jogamos um bolão. Não é consolo, é fato.
Apesar de andar atolado de trabalho, não posso deixar de dar uma palavrinha sobre a derrota nos pênaltis do meu Santinha, para o Floresta, ontem, na Arena Pernambuco. Teve torcedor que invadiu o gramado para agredir jogador. Isso é incomum entre tricolores, só o total desespero pela situação explica. (E a culpa maior pelo fracasso em 2021 é da diretoria). Também li uma notícia dizendo: “Santa joga mal e perde…” Chegamos ao fundo do poço nesta temporada, ao ficarmos fora da Copa Nordeste, após o rebaixamento para a Série D (chega dói escrever isso).
Mas em relação ao jogo em si, dou minha modesta opinião: foi nosso melhor desempenho do ano. Em termos tático, técnico e de disposição. Por nossas limitações de elenco, foi embate entre iguais. O Santa encurralou o Floresta a maior parte do tempo e perdeu duas ou três chances claras de gol. O time cearense se postou muito bem, contra-atacava com grande perigo e também perdeu algumas chances (menos que nós).
Pela primeira vez, nosso meio campo alimentou o ataque. Vitinho e Tarcísio jogaram como nunca e não sei por que cargas d’água foram substituídos. Jogo de 3 x 3 geralmente é espetáculo, festa de gols, emoção na veia. Foi o que aconteceu: uma grande partida de futebol. Creio que o empate do Floresta já nos acréscimos abalou o moral da tropa. Pipico, que fez dois gols, perdeu o primeiro pênalti, coisa absolutamente rara. Mas acontecia até com Zico. Perdemos acidentalmente. Qualquer resultado era factível naquelas circunstâncias. Por isso, futebol é um jogo, não uma ciência.
Tivéssemos jogado assim na maioria das partidas do Brasileirão hoje estaríamos comemorando a ascenção à Série B e não o decesso. Portanto, apesar de muito chateado com o conjunto da situação, dou um Bravo!
